Minhas loucuras de amor não foram tantas, mas tenho uma em especial que realmente marcou minha vida. Amar e não ser amado, não é uma das melhores sensações que se pode ter. Por isso mesmo é que deixamos o coração falar mais alto e agimos pelo impulso de fazer algo que talvez nunca faríamos, isso se não tivéssemos motivo.
Um dia desses me encontrei por acaso, com um ex-namorado, só que era um ex bem recente. Fazia pouco tempo que nós tínhamos terminado, e eu claro que não tinha o esquecido. Mas para a minha surpresa, ele já estava noivo. Nossa! aquilo foi um baque. De repente, passou um filme na minha cabeça. Todos os momentos que nós passamos juntos, aquela vez em que falamos sobre casamento, filhos, planos. Nesse momento, despertou novamente todos os meus sentimentos. Eu senti que não poderia deixar ele se casar com outra senão eu. Então, decidi lutar por esse amor.
Bom, você deve imaginar que eu me declarei através daquelas “loucuras de amor”, naquele carro que vem piscando e de longe todo mundo vê. Confesso que pensei nisso, mas achei comum demais para acabar com um casamento. Depois desse súbito pensamento, resolvi então colocar o meu real plano em prática.
A primeira coisa que veio em minha cabeça eu fiz. Decidi me declarar para ele. Dizer que eu o amava muito e que ele não poderia se casar com outra mulher. Disse que ele era o homem mais maravilhoso que eu havia conhecido e que eu seria capaz de tirar minha própria vida, caso ele se casasse. Bom, imaginem aquela cara de espanto que ele fez. Ficou chocado. Não sabia o que pensar, nem o que dizer. Sei que por um momento, ele me olhou como se nós ainda estivéssemos namorando. Engoliu a saliva; e disse que gostava muito de mim, que o nosso relacionamento foi bacana, mas... – É foi isso mesmo. Ele me deu um fora. Mas eu não desisti. Não satisfeita eu ainda tentei beijá-lo a força, mas nada o fez mudar de idéia, muito pelo contrário, ele acabou me chamando de louca. Disse também que eu tirasse essa idéia maluca da minha cabeça de me matar e atrapalhar a vida dele. Enfim, me desejou felicidades e disse aquela velha frase “você também vai encontrar alguém legal em sua vida”.
Saí frustrada, me sentindo a pior das criaturas. Mas claro que essa história não iria terminar assim. Esperei chegar o grande dia dos “pombinhos”, e foi nesse dia que eu me realizei. Meu plano, fazer a noiva esperar, mas esperar tanto, até que fosse acabado o casório. E foi muito fácil.
Paguei uma certa quantia ao motorista que iria levá-lo a cerimônia, em troca de ele levar o noivo para um lugar bem distante, com a desculpa de que era um atalho, uma alternativa mais rápida. E chegando lá neste lugar completamente isolado e sem comunicação, o motorista iria fingir que estava perdido e não sabia como sair daquele lugar. Nossa! Foi a melhor idéia que tive em minha vida. Na igreja todos aguardavam. A noiva já estava lá e nada. Meia hora, uma hora, duas horas... e...até que foi finalmente acabado. O “grande dia” foi um pouco longo mesmo para a noiva, que não quis mais nem olhar para a cara dele.
Já o noivo chegou três horas depois, tentando se explicar, mas ela já não dava mais ouvidos a ele. O motorista, para completar disse a noiva que o senhor que ele levou teria pedido para desviar o caminho, porque não queria mais casar. E eu, estava sempre lá por perto vendo aquele “circo pegar fogo”.
O que mais posso dizer, foi certamente a maior loucura que já cometi. Foi praticamente uma cena de novela, aquelas em que você é a vilã. Nunca me imaginei fazendo tal coisa, porém uma mulher desprezada é capaz de tudo. Bom, não sei como anda a vida dele agora, sei que ele não está comigo e nem imagina que eu tenha sido responsável por toda essa frustração. Mas confesso que se fosse preciso faria tudo novamente.
Vanessa Freitas.
quinta-feira, 1 de outubro de 2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário